Qual a importância que atribui à Cooperação Técnico-Militar no quadro da CPLP, enquanto componente da política externa de Portugal?
É fundamental para a consolidação das nossas relações com os países de expressão oficial portuguesa numa das “zonas internas” como é o sector das forças armadas.
Qual o papel que pode ser desempenhado por Portugal no desenvolvimento de Moçambique face à concorrência chinesa e da Índia, assim como a nova problemática dos muçulmanos naquele país. Que dividendo poderemos tirar de tudo isto.
No passado dia 19 de Abril, numa conferência em que participou, defendeu o reforço dos mecanismos federadores na zona euro, considerando de seguida o federalismo político inaceitável. A fronteira entre uma e outra opção não é efectivamente distinta? E quais os motivos?
Em sua consideração, que papel e mecanismos pode ter a diplomacia portuguesa no estrangeiro na mobilização de oportunidades laborais para os jovens e, assim, na rentabilidade de um investimento do próprio país?
Em sua consideração, que papel e mecanismos pode ter a diplomacia portuguesa no estrangeiro na mobilização de oportunidades laborais para os jovens e, assim, na rentabilidade de um investimento de próprio país?
Após um período de centralização, do eixo geo-estratégico português na Europa, o país tem vindo a espraiar-se por outras geografias com as quais mantivémos durante séculos contactos privilegiados como sejam África. América, e Ásia. O que se lhe oferece dizer sobre a utilização destas influências ao serviço do aumento do poder negocial português na União Europeia?
Tendo formação na área de economia, e como ex-ministro dos negócios estrangeiros, e com isto, uma proximidade ao exterior, como nos vêm lá fora? Acreditam em nós, isto é, somos um povo com credibilidade? A nossa cultura é admirada?
Bem sei que na política internacional a realpolitik tem importância. No entanto não considera que as relações entre Portugal e a Líbia foram hipócritas? Isto porque houve um tempo em que a Líbia era vista como prioritária e como sendo um importante aliado para depois quando começou a guerra julgarmos a Líbia pelo facto de não ser uma democracia e não respeitar minimamente os direitos humanos.
Nos últimos tempos temos assistido a um ressurgir de mais ideais pró-europeus que visam a defesa de uma maior integração tanto económica como política, em que referem que sem uma união supranacional, a Europa não conseguirá subsistir aos constantes ataques de que é alvo. Acha que se poderão confirmar estes presságios que derivam de alguns "visionários" ou continuará a haver União Europeia sem uma comissão europeia com poder governativo?
O Sr. Dr. é um exemplo de respeito intelectual e político ao estar presente em iniciativas de partidos que não o seu. De que forma o político partidário pode relacionar a sua cor partidária e às vezes estar “ao lado do inimigo”? Não deve, inclusive, ter esta responsabilidade?
Qual foi o seu maior desafio em termos de relações internacionais enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros? Pensa que ainda será o mesmo para o actual ministro?
O presidente egípcio recém-empossado, Mohamed Morsi, visitou e desencadeou um conjunto de de contactos com países, como a China e o Irão (situação única nas últimas décadas), para segundo o mesmo, criar uma política externa equilibrada. Dado a posição crucial do Egipto no contexto geopolítico no Médio Oriente, quais as repercussões que podem advir desta mudança de posição no Egipto?
Em Maio de 2012 em entrevista ao Jornal Sol, referiu relativamente às eleições Francesas que "...há expectativa a mais à volta de Hollande". Actualmente mantém a mesma opinião? Porquê?