As exportações portuguesas têm registado um crescimento superior ao esperado. No entanto as relações comerciais Portuguesas com os países de Leste são ainda diminutas. Qual será para si a melhor estratégia para uma empresa Portuguesa ter sucesso nesse mercado?
Verdade! A Europa de Leste é um mercado específico e é necessário conhecer as especificidades do mercado, entender a língua, a cultura, e de criar relações pessoais com as pessoas. Para tal, é necessário investir tempo e dinheiro, o que muitas vezes não se justifica face a outras prioridades do mercado para Portugal. É necessário maior nível de cooperação entre as empresas para ganhar mais sinergias e maiores estruturas locais (e.g. Câmara de Comércio) para ganhar lobbing nos mercados.
Crê que para se ter/construir actualmente uma empresa de sucesso internacional é necessário ter competências adquiridas no ensino superior estrangeiro, ou Portugal é capaz de preparar os seus estudantes para o mercado competitivo europeu e mundial?
Portugal tem uma qualidade de ensino de topo a nível europeu nas áreas de gestão. Porém, faz todo o sentido estudar no estrangeiro para ganhar uma visão global sobre as possibilidades de criação de empresas e expansão internacional das mesmas.
Considera que o empreendedorismo deveria fazer parte dos programas das escolas do ensino secundário, isto é, introduzir programas de desenvolvimento de ideias de negócio?
Quais os principais desafios à internacionalização do seu projecto no mercado europeu (e outros mercados, se aplicável)? E, genericamente, que perspectivas de expansão?
O conceito do empreendedorismo tem sido alocado como uma alternativa e desafio aos jovens. No contexto intergeracional, como amadurecer e veicular igualmente este conceito como uma solução/renovação para os negócios e nichos de mercado pré-concebidos por anteriores gerações?
Como é que acha que um jovem sem possibilidade de aceder a recursos financeiros pode ser empreendedor e mais tarde tirar partido mais tarde da sua iniciativa?
Quais são neste momento os mecanismos existentes para o apoio à internacionalização das PME's portuguesas? Quais as condições de apoio e critérios para aceitação dessas entidades?
Qual a importância do Mandarim e do Russo para os jovens que tencionem seguir uma carreira no sector empresarial e quiserem internacionalizar essa mesma carreira? Ser fluente em inglês já não chega?
Tendo em conta que a tradição de exportar das empresas portuguesas nas áreas do vinho, agro-alimentar, turismo e moda é, sem dúvida, muito reduzida, qual considera ser a solução ideal para inverter esta situação?
Hoje, a realidade portuguesa é muito diferente daquela que os nossos pais encontraram quando iniciaram a sua vida profissional.
Hoje, um jovem gasta milhares de euros na sua formação, mas quando quer enverdar por um caminho empreendedor e gerador de riqueza e postos de trabalho, esbarra com a falta de um fundo de investimento, ou em linguagem corrente um "pé-de-meia" para iniciar a sua actividade e a dificuldade de acesso a linhas de crédito.
E a todos aqueles que conseguem iniciar a sua actividade e começar a exportar acresce o fardo de, por vezes, terem que esperar meses a fio pela devolução do IVA por parte do estado, o que se traduz em falta de liquidez em caixa, sobretudo em empresas de pequena dimensão.
Perguntamos portanto, de que forma pode um jovem como qualquer um de nós, com todos estes entraves e mais alguns, encontrar laivos de criatividade suficientemente "poderosos" que nos permitam, ainda assim, vingar neste global e competitivo mundo.
As viagens podem ser uma forma de conhecer outras realidades e até pensar ideias novas de negócio para o nosso país. Considera essencial para ser um bom empreendedor que se conheçam outros países e que se tenha formação a nível internacional?
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