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Resumo do dia III

O terceiro dia da Universidade de Verão 2012 começou com uma aula sobre “Ambiente e energia, o que temos que decidir já” através da exposição entusiasmante do Eng. Carlos Pimenta. A aula começou com uma retrospectiva sobre o ambiente, com um foco especial nas descrições técnicas e informadas dos três grandes problemas ambientais à escala mundial: alteração climática, diminuição da biodiversidade em todos os ecossistemas, e acidez do mar. Recorrendo sempre a exemplos do quotidiano, o Eng. Carlos Pimenta alertou para a importância dos comportamentos de consumo e de produção de energia. Ao terminar a sua aula, a mensagem foi deixada sob a forma de repto: “Temos que mudar de paradigma, uma uma questão de sustentabilidade ambiental e também por uma questão de cidadania”. Como solução, o Eng. Carlos Pimenta afirmou que “na energia há uma opção clara política entre um modelo aberto e descentralizado em que cada consumidor tem a responsabilidade pela sua produção e consumo e é um agente de cidadania; e um modelo centralizado sobre o controlo os Estados através de grandes empresas integradas.” A escolha é nossa!

 

 

A parte da tarde ficou a cargo de dois oradores que têm marcado todas as edições da Universidade de Verão: Carlos Coelho e Rodrigo Moita de Deus. Com o painel “Falar Claro”, transmitiram um conjunto de conselhos sobre como comunicar em política, nos diferentes patamares de intervenção. Rodrigo Moita de Deus, director-geral da empresa Nextpower Comunicação e fundador do blog 31 da Armada, e Carlos Coelho, deputado europeu e Director da UV, começaram por afirmar que “fazer política é comunicar”. Através da visualização de filmes e da abordagem de casos práticos a comunicação em política foi escalpelizada, com o suporte de diversos documentos de apoio. A apresentação versou sobre os seguintes pontos: comunicar bem; escrever claro; contactos com a comunicação social; os novos meios; e, 15 Conselhos para falar em público. Numa aula muito interactiva, os alunos mostraram-se particularmente interessados em retirar técnicas discursivas, para melhor a sua forma de comunicar.

 

 

O jantar-conferência do terceiro dia desta décima edição contou com a presença de quatro jovens empreendedores portugueses: Miguel Pina Martins, David Valente, Rui Lopes e Joana Clemente. Com percursos de vida muito diferentes e a actuar em áreas muito distintas partilharam com a turma de 2012 a sua experiência e transmitiram uma mensagem de esperança a estes cem jovens. Miguel Pina Martins criou em 2007 a Science4You, uma empresa de brinquedos científicos que tem apostado no mercado português mas também na internacionalização para outros mercados, como é o caso de Espanha, onde até já têm um escritório. Para Miguel Pina Martins “ser empreendedor não é abrir uma empresa, mas sim uma forma de estar na vida”. Já David Valente criou a ExpandGlobe, uma em

presa cuja missão é ajudar outras empresas a internacionalizarem-se e expandirem-se para novos mercados, como é o caso do de Leste. A experiência internacional que teve na faculdade, a partir do Programa ERASMUS, e o período em que trabalhou no estrangeiro incutiu-lhe a vontade em fazer diferente e em construir uma empresa com uma forte vertente internacional. O terceiro orador, Rui Lopes, desenvolveu uma empresa – NABIA, de software de telemóveis. Ao longo da sua experiência empreendedora teve de enfrentar algumas contrariedades, como a crise de 2008 que surgiu dois meses depois de ter criado a empresa, ou a Primavera Árabe que sucedeu quando se encontrava a enveredar uma forte aposta na zona do Médio Oriente. E, por isso, deixou como mensagem final para os alunos da Universidade que “o mais importante é vencer as adversidades”. Por fim, Joana Clemente fundou a HELPO, uma organização não-governamental, na sequência de um estágio de nove meses que realizou numa ONG em Itália. Um mês que passou em Moçambique fê-la avançar com uma empresa que conta com um programa de apadrinhamento de crianças à distância, mas que conta actualmente com outros programas, nomeadamente em Portugal. Para a HELPO contribuem, neste momento, 4200 pessoas. No final das intervenções dos quatro oradores seguiu-se um período, onde os participantes tiveram a oportunidade de interpelar estes empreendedores que muito jovens vão já marcando a diferença no Mundo onde vivem.