Pergunta Plenário: Os novos e os velhos-novos actores políticos na Democracia do séc XXI
Pergunta Plenário: Precisamos de uma Europa federal?
Pergunta a ...
Durão Barroso
Sou europeísta convicto! Quando vejo os euro-cépticos a aumentarem o seu radicalismo perante o projecto europeu e a extrema direita a alastrar-se por toda a Europa (predominância nos Estados mais ricos), que mensagem de esperança nos transmitiria de modo a continuarmos a batalhar pelos novos ideias da União? Eu também me preocupo bastante com o aumento do euro-cepticismo. Mais uma vez, a batalha da informação é decisiva. A crise constitui um terreno fértil para os argumentos populistas que exploram os receios e as inseguranças dos cidadãos europeus. É necessário, em primeiro lugar, desmascarar os argumentos demagógicos e, na maioria dos casos, falsos das forças anti-europeias. Em segundo lugar, é igualmente importante referir os amplos benefícios que a construção europeia trouxe a todos os países europeus e aos seus cidadãos. Nunca na história europeia, a Europa viveu tantas décadas seguidas sem guerras. Bem sei que muitos afirmam que o argumento da paz diz pouco às novas gerações. Talvez seja verdade mas de qualquer modo há um facto que gostaria de sublinhar. E não é necessário recuar muito na história, basta observar os últimos vinte anos. Em quase todas as regiões, da América do Sul à Ásia, passando por África e pelo Médio Oriente, verificaram-se guerras ou conflitos fronteiriços entre vizinhos. Mesmo na Europa ocorreram conflitos armados, como nos Balcãs. A União Europeia é a excepção. Constitui uma ilha de paz num mundo onde as guerras continuam a matar milhões de pessoas. E é a construção europeia que explica esta excepção extraordinária. Se dissermos aos jovens croatas que a "Europa" é um projecto de paz, eles compreendem perfeitamente. Mas, além da paz, a construção europeia foi decisiva, durante as últimas décadas, para a promoção da democracia, para a prosperidade económica e a justiça social na Europa, para um continente sem fronteiras onde se viaja livremente e onde os jovens gozam de maiores possibilidades de estudo e de trabalho noutros países. Todas estas conquistas seriam postas em causa sem uma União Europeia forte. Por fim, é fundamental explicar a importância da União Europeia para o futuro dos europeus. Compreendo que a crise afecte a imagem da União Europeia junto de muitos cidadãos europeus. Mas imaginem o que seria lidar com esta crise sem a União Europeia. Sem a coordenação entre os vários governos e sem o apoio das instituições europeias. Com os países sozinhos perante ameaças externas e especulações financeiras de todo o tipo. Os tempos são difíceis, sem dúvida alguma. Mas a diferença será entre enfrentar dificuldades juntos ou separados. Se continuarmos unidos, estou confiante que conseguiremos ultrapassar as actuais dificuldades. Se nos separássemos, o desfecho seria trágico para a Europa. Os europeus necessitam também de uma União forte para triunfarem num mundo muito mais competitivo e difícil. Não haja dúvidas. O velho mundo, dominado pela Europa e pelo Ocidente, acabou. O mundo do século XXI é mais igual, mais exigente e mais duro. Só uma União forte permitirá que a Europa esteja em igualdade perante as potências mundiais, todas elas com dimensões continentais em termos territoriais e demográficos. Isoladamente, mesmo os maiores países europeus não passam de potências médias em termos globais.
Cândida Almeida
Por mais que falemos mal da Justiça Portuguesa, ela funciona, ainda que penetenciamos, esperando. Assim sendo, porquê que o autarca, Dr. Isaltino Morais, tantas vezes condenado a pena efectiva e este nunca vai para a cadeia/prisão?
Assunção Esteves
Numa altura em que os cidadãos desconfiam e acreditam cada vez menos nas classes políticas dirigentes, que papel poderá desempenhar esta nova geração de jovens no sentido de se inverter a tendência e consequentemente devolver a política a sua nobreza?
Jorge Moreira da Silva
Na sequência das reformas estruturais, implementadas pelo actual governo do PSD com os parceiros, PP, irá o PSD satisfazer positivamente possíveis / futuras exigências do PP, ainda que estes não se encontram no "contrato" assinado entre os dois partidos para a formação da maioria?